Thursday, March 08, 2007
Monday, March 05, 2007
fotografia invicta
em 2000, 2001, fiz uma reportagem para o Comércio do Porto chamada na Baixa do Tempo,sobre o comércio da baixa do Porto, espaços antigos e belos, cheios de historias mas onde se sentia uma morte anunciada.
encontrei as imagens deste espaço A Fotografia Invicta.
o dono tinha um espolio extenso de imagens, de vidro, de negativo, grande, médio e pequenos formato, um pedaço da historia do Porto e das pessoas.
Lembro-me de pensar que o CPF, o centro portugues de fotografia deveria ficar com estes arquivos, trata-los, guarda-los, mostra-los.
Em Roma, existe pouco espaço para a arte contemporanea, porque existe um esforço economico brutal para manter a arte classica activa e à mostra, aqui, nao sei, sei que a fotografia invicta fechou, o CPF parece tb ter uma morte anunciada, mas na Baixa centros comerciais crescem à frente de outros centros comerciais.
1998
na sexta feira, na procura de outras imagens descobri estas, de quando fiz erasmus em Antuérpia.
uma cidade bela, tranquila, cheia de bicicletas, pessoas amistosas, frio suportavel, cafés cheios de revistas, museu de fotografia cheio de livros,...
ia à escola fotografar em grande formato, imprimir imagens a preto e branco e a cores e conversar com os senhores do bar.
vivia em casa do sr robert, policia que me fazia jantarinhos bons.
passava os dias na biblioteca a descobrir fotografos, acho que foi nessa altura que descobri a Nan Goldin, a Donna Ferrato, o Martin Parr de forma mais extensa, todo o trabalho da Diane Arbus, a escola alema dos chatinhos e os mais novos que me interessaram sempre mais, especialmente o Gursky.
a biblioteca tinha tudo e ia muitos dias para la, durante as manhas.
depois ao fim de semana visitava a Joao em Colonia e às vezes a Catarina em Haia.
quando la estava pensava que era uma cidade onde viveria com prazer.
foi nesse momento que percebi que gosto muito da lingua em que penso e sinto, e que apesar de estar sempre a dizer mal, sinto falta das coisas, especialmente as mais pequenas, que me fazem deste lugar aqui.