Monday, June 19, 2006

A tela de uma historia que nao se acende










Fotografia ©Ana Pereira2006

A propósito do trabalho do Teatro Bruto Alter-Ego, a Luena propôs-me procurar e fotografar os cinemas do Porto, alguns dos quais actualmente encerrados ou com actividades paralelas à exibição de filmes e procurar as imagens, os fantasmas, as memórias e particularidades de cada sala.
O primeiro cinema a que fomos foi o Charlot.
Dentro do e perdido no centro comercial Brasília.
Abertas as portas e acessas as luzes a vida volta a encher o espaço desta sala, como aquelas cenas dos filmes em que se acende a luz do parque de festas e lentamente começa a ouvir-se o som dos carrosséis e das pessoas ao fundo.
Em todo o lado, por todos estes cinemas, assim que as luzes se acendem a vida volta, não existem marcas da ausência das pessoas, conseguem-se sentir os cheiros e ver as marcas de parte das histórias que se viveram, nas imagens, nos recados, nas fotografias, em todas as provas de memória.
Sempre que me sentava numa das cadeiras a olhar para a tela, quase que conseguia sentir as pessoas a chegar para a próxima sessão.
Como se estes momentos em que estou a fotografar fossem apenas pequenos intervalos de tempo, entre sessões, entre filmes, entre histórias.
Agora falta acabar o site para o trabalho e encontrar o espaço certo e o dinheiro para expor as imagens.
Sempre tanto por fazer.
Junho 2006

2 Comments:

Anonymous Anonymous said...

as fotos são muito bonitas. captaram um ambiente interessante.
aguardamos o site e esperammos que arranjes o dinhieor para expo. mas seria também de aguardar ver o trabalho publicado algures...

6:04 AM  
Anonymous Anonymous said...

I like it! Keep up the good work. Thanks for sharing this wonderful site with us.
»

2:38 PM  

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